Sem conteúdo não há plataforma

Somos podcasters e temos programas onde entregamos episódios periodicamente para que os ouvintes possam disfrutar deles quando queiram, do jeito que quiserem.

Mas há distribuidores que se apropriam do áudio, o distribuem na sua rede, cobram assinaturas do ouvinte e não repassam esses valores para os produtores.

Foi a ferramenta do feed que deu ao meio do podcast a liberdade que o fez prosperar. É a liberdade do ouvinte que lhe dá esse poder, de ouvir o que quiser, quando quiser e como quiser.

Mas hoje é utilizado como um conteúdo dentro de plataformas. Essas plataformas não compartilham seus ganhos das mensalidades de ouvintes. Como se a obra fosse deles. Seus ganhos são privados, nosso conteúdo continua sendo público.

Hoje esses distribuidores são os principais meios de escutar podcasts no Brasil e também em outros países. Então se afastar dessas plataformas de distribuição seria se afastar do ouvinte, o que também não é justo.

No caso o feed é uma ferramenta útil, porém também é um empecilho porque permite que os distribuidores se apropriem do seu uso.

Mas o que acontece se não houver distribuição ?

Precisamos mostrar para as plataformas uma coisa importante: sem conteúdo não há distribuição. Sem produção de podcast não há conteúdo. Sem conteúdo não há negócio.

Considere colocar um episódio do seu podcast no seu site mas não no feed. Anuncie para os seus ouvintes onde está o conteúdo, sem deixar ele disponível em qualquer plataforma de streaming.

Pode também fazer um episódio ao vivo porém sem distribuir ele no feed. Quem ouviu, como numa rádio, não ouvirá mais esse conteúdo, o que o deixa mais relevante, mais efêmero, menos material, sem possibilidade de ser injustamente apropriado por ninguém mais de quem o fez, e quem o ouviu.

Essa é a essência de um programa de áudio. A nossa ligação como ouvintes será maior. E as plataformas saberão que estamos aqui.

Coloque a hashtag #conteudosemplataforma para marcar presença.

Esta idéia foi inspirada no movimento ATAC do ECDQEMSD.

ECDQEMSD (En Caso De Que El Mundo Se Desintegre) é um podcast desde antes de se chamar assim, já com áudios de 1999 e no ar até hoje. O Pirata e o Sr Lagartija conduzem o programa com estórias dos ouvintes.

No começo de 2022 soltaram o manifesto ATAC (Audio Transmisiones Aleatorias y Clandestinas – ou ‘transmissões de áudio esporádicas e clandestinas’) desafiando fornecer outra experiência, com áudios não armazenados posteriormente em nenhum servidor.

“O projeto A.T.A.C vai tentar recuperar a essência o meio do podcast que perdeu por acreditar que tinha chegado sua hora. Como se a bicicleta tivesse decretado o seu fim com a chegada do carro.

O rádio não é imagem. O podcast é rádio. O podcast não é imagem.”

Neste link está o manifesto completo

 

De vuelta, a paseo

Algumas observações de uma volta à cidade natal

Voltei a Buenos Aires para uns trâmites e para visitar a cidade depois de 18 anos sem voltar.

Nasci em Buenos Aires, a minha família saiu da cidade em ’82 para morar no interior, e não voltei a morar na cidade. A última vez que a visitei foi em 2000, antes da última grande crise. O que mudou ? O que está igual ?

Bajoneados

Em geral o argentino está cabisbaixo. Às vésperas de uma nova eleição presidencial , depois de um governo do Mauricio Macri com muita euforia e nenhum resultado prático, os argentinos não estão contentes com Macri e não acham que vá melhorar com Alberto Fernández / Cristina Kirchner, mas não estão dispostos a dar outro voto de confiança para o Cambiemos de Macri. Conversei na rua e principalmente com taxistas: mesmo os que não são favoráveis ao peronismo, não estão contentes com o atual governo, prevejo que Macri terá ainda menos votos do que nas primarias (PASO).

Os preços estão inflacionados e mesmo com reais a 7 centavos o peso (100 pesos = R$ 1) a comida está num preço excelente mas roupa está cara. Acho que nunca vi uma diferença de preço de peso / dólar e por consequência de peso / real. Isso porque o Brasil ainda vive uma recessão há mais de 4 anos, porém os argentinos não vêem uma luz no fim de túnel porque a aparente renovação política não aconteceu, e a volta do peronismo simula uma mudança social que nunca acontece.

Houve chuvas fortes na região marginal da cidade, e há ainda regiões alagadas como Quilmes, um município perto de Buenos Aires, que empresta o seu nome à famosa cerveja cuja indústria inicial estava nesse município.

Mesmo Macri dizendo que não inunda mais, Quilmes, La matanza e outros municípios periféricos da cidade continuam abandonados. O município de Quilmes começou a partir de uma população indígena calchaquí de aborigens do noroeste argentino (onde hoje é Tucumán), quando em 1666 perderam a guerra contra os espanhóis, e foram expatriados à força até o sudeste de Buenos Aires, confinados e depois extintos, e essas terras revendidas para formar o município atual. As terras as mesmas, o descaso também.

Macri foi uma decepção por não ter conseguido concluir nenhuma das reformas prometidas, não ter conseguido nenhum avanço na economia mesmo fazendo severos cortes orçamentários e ainda no final do mandato apelou ao populismo tão criticado para tentar recuperar os votos perdidos, o que foi contraproducente.

El dinero que se va

A última desvalorização do peso piorou ainda mais a situação que já era ruim e as carteiras estão recheadas de notas que não valem nada. Como os comerciantes estimulam os pagamentos ‘en efectivo‘ (em dinheiro) a carteira começa graúda de notas e termina magrela. Um café da manhã com um generoso copo de café com leite, suco, bolachinhas ou medialunas sai entre 120 e 180 pesos, uns R$ 10 a 15 reais. Um tênis pode sair por 1700 pesos, uns R$ 100. Tudo isso em notas de 5, 10, 20, 100, 500 e 1000 pesos. A carteira recheada de manhã sofre uma diarréia diária.

Há uma raiva das coisas terem dado errado. Também a desconfiança de um governo que pode ganhar nas urnas mas que terá poucas armas para ganhar na economia. Um comentarista do último debate disse estarem ‘disputando o timão do Titanic’.

Para entender o que o pessoal opina, puxo assunto com os motoristas de taxi (embora haja Uber, o taxi está barato e vale a pena). Eles foram unânimes em que nenhuma das opções é boa. Os favoráveis ao Macri admitiram que ‘se esqueceu das pessoas‘ e os mais partidários do peronismo que ‘isso não é peronismo, mas é o que temos‘. Os argentinos conseguem estar decepcionados mesmo com os políticos aos quais são favoráveis. Por que sindicatos se converteram em interesses. Associações de empresários do agronegócio são interesses, cada um puxando a sardinha para o seu lado, se afastando de acordos, onde o ganha-ganha virou perde-perde.

O centro da cidade está cheia de estrangeiros. O que estão passeando são principalmente brasileiros mas europeus também. Os que estão trabalhando são principalmente venezolanos. Argentina está barata para turistear e o centro é acolhedor.

Algumas dicas básicas de quem conhece Buenos Aires e vive no exterior faz tempo :

  • Procure pizza e massas
    • Argentina é famosa por carnes, mas também tem uma cultura italiana forte e as pizzas e massas são um espetáculo à parte. Se percorrer a Avenida Corrientes ou Avenida Santa Fe vai encontrar muitas casas com pizzas ou massas com porções generosas da grande massa da América Latina. Aproveite porque o preço é bom, a quantidade é gigante e a qualidade é demais !
  • Pode passear e comer tarde
    • Vários lugares de cidade fecham depois da meia-noite, principalmente nas avenidas famosas da cidade como Pueyrredón, Santa Fe, Avenida de Mayo , Rivadavia, onde há desde cafés até pizzarias até as 2 da manhã.Se for em algum dos espetáculos em Plaza de Mayo ou Corrientes, a avenida dos espetáculos teatrais, pode ficar na avenida e curtir as massas e carnes na mesma avenida.
  • Manifestações são importantes e são ordeiras
    • Vecinos” como são denominados usualmente os contribuintes, protestam pelos mais diversos motivos. Isso pode acontecer em Barcelona, em Caracas, em Santiago, em Cidade do México ou Chicago. Respeite as manifestações populares e lembre que são pessoas normais como você e eu, e se se identificar como estrangeiro, será respeitado deixado de lado.
  • Aproveite para beber vinho
    • Um bom vinho sai em torno de 40 a 50 reais no restaurante, que claro que tem sobrepreço. Qualquer tinto que escolher vai ser bom o suficiente para aromatizar sua noite. Desfrute desse privilégio da Argentina ser um dos maiores produtores de vinho do mundo, e com isso prestigie o produtor local. Ainda se quiser, escolha vinhos nos supermercados, onde poderá encontrar preços ainda melhores. Há excelentes vinhos por R$ 15 a R$ 20, um preço que será bem difícil de pagar no Brasil pela mesma qualidade.

Argentina vai conseguir se reerguer. Um dia. De um jeito ou de outro. Mas a ilusão de soluções fáceis já escorreu rio abaixo e os argentinos puxaram a descarga.

O que rolou nos podcasts brasileiros em 2019

Para alguns, o podcast pode ser insuportável. Para aqueles que não ouvem os podcasts mais famosos deve existir o sentimento de que são criadas pérolas sonoras que merecem destaque, mas às vezes há tantos episódios de tantos podcasts que podemos nos perder nessa imensidão produtiva.

E para quem não conhece podcasts pode ser difícil saber como começar.

Por isso decidi coletar estes episódios magníficos de podcasts menos conhecidos, e compilar para a apreciação de ouvintes que queiram descobrir o que há nos podcasts brasileiros.

Janeiro

Em 25 de janeiro aconteceu uma tragédia anunciada em Brumadinho-MG, onde em mais um crime ambiental das empresas de mineração, o rompimento de uma barragem da Mina Córrego do Feijão de responsabilidade da Vale provocou centenas de mortes, o isolamento dos afetados, pessoas que perderam moradia e familiares em questão de minutos.

O podcast Chutando a Escada fez um capítulo descrevendo o que aconteceu, o por quê, e mostrando que o rompimento da barragem é a ponta do iceberg de uma série de problemas no esquema de mineração praticado.

Chutando a escada: Mar de Lama: https://soundcloud.com/chutandoaescada/chute-093-mar-de-lama

O TambaCast, podcast alternativo, engraçadaço e feito na carinhosa Amazonas, publicou no começo do ano um episódio … sobre o tempo da copa !

De seis meses atrás !

Sabemos que foi só para alegrar nossos corações! A piada e o senso de oportunidade invertido do Olavo Montenegro, nobre editor do TambaCast, funcionaram bem demais : http://www.tambacast.com.br/post/tambacast–sdv:-copa?id=72d2b561-c8a1-48cc-9567-1ec2f1607208

Como já disse para ele, é o único Olavo que preenche o meu feed. Vida longa ao TambaCast!

Fevereiro

Em fevereiro começávamos a colecionar imbecilidades do governo e pistolar era costume. Mas para pistolar precisamos de classe e Pistolando fez um episódio memorável com a Carol Schulze sobre a população de rua que explica muitos mitos que as pessoas tem e humaniza estas pessoas que não tiveram nem o privilégio nem a oportunidade que outros temos.

Pistolando é um podcast conduzido por Letícia Dáquer e Thiago Corrêa e você confere o episódio aqui : http://pistolando.com/2019/02/pistolando-018-populacao-de-rua/

O Lado (B)lack é um podcast com discussões com um olhar crítico sobre nossa sociedade ainda racista e com problemas de auto-estima, e neste episódio o Rafael Chino e a Luiza Braga falam sobre a sociedade dos anos 70 e o espetacular filme de Spike Lee ‘Infiltrado na Klan’, ouça lá : https://www.ladoblack.com.br/infiltrado-na-klan

Ainda na discussão dos desastres ambientais e do pouco caso que autoridades fazem, o podcast Reflexões de inverno publicou um episódio sobre o esquecido caso do desastre da Vila Socó: https://www.megafono.host/podcast/reflexoes-de-inverno/05-vale-da-morte-e-o-desastre-da-vila-soco

Por que soluçamos ?

Pessoas com letra feia são mais inteligentes ?

Para conseguir algo basta acreditar ou querer muito ?

O Naruhodo é um podcast curto para introduzir novos ouvintes na podosfera, e para se interessar em divulgação científica. O Ken Fujioka e o Altay de Souza comandam este podcast brilhante sobre dúvidas encaradas pelo olhar da ciência, e neste episódio desbancaram o coach de sucesso com garbo e elegância : https://www.b9.com.br/103809/naruhodo-170-para-conseguir-algo-basta-acreditar-ou-querer-muito/

Entre os podcasts de música, o Fermata se destaca pelos temas variados, reflexões inusitadas e muita, muita produção podcastal. Neste episódio o Fermata fez uma retrospectiva sobre o surgimento e o apogeu da música regional brasileira que foi chamada de sertaneja e teceu várias teorias para sua importância e perseverança até hoje. Confira lá: http://fermatapod.com.br/fermata-podcast-67-sertanejo/

Março

O podcast Xorume é ao mesmo tempo o lixo do lixo e o melhor podcast de humor. O melhor podcast de humor feito em Americana, ou é feito em Americana e é um podcast de humor.

Talvez não haja melhor e sim o que é mais engraçado para cada um de nós. Ou devo estar enganado e sim, este é o pior podcast de humor.

Em março fizeram um episódio onde o Jean do Humor brilhou e pelo qual temos certeza que merece o Xorumoscar 2019, o episódio sobre tradições familiares com o melhor plot twist (que quer dizer ‘reviravolta’) do podcast de humor: https://www.xorume.com.br/episodio-176-tradicoes-familiares/

Em março teve uma nova edição do #OPodcastÉDelas, iniciativa que faz anos reúne as publicações de podcasts sobre temas relacionados ao universo feminino.

Nesta temática houve vários podcasts memoráveis e quero destacar alguns deles que se não ouviu, ainda dá tempo de ouvir !

O Medicina Em Debate é um podcast feito por médicos que debatem questões de saúde pública assim como política (que estão obviamente muito entrelaçadas) e trazem muitas questões relevantes principalmente nestes tempos onde parece que integrar medicina e sociedade é uma heresia.

Para #OPodcastÉDelas o pessoal escolheu falar sobre o bastante complexo assunto do aborto, ouça no link : http://medicinaemdebate.com.br/2019/03/aborto/

Enquanto isso o Ergo montou um episódio especial com a Cafeína do Papo Delas para resenhar um pouco da vida de superação da Tina Turner, que ficou maravilhoso, ouça aqui : http://fermatapod.com.br/ergo-020-tina-com-cafeina-opodcastedelas2019/

O Dragões de Garagem é um podcast de divulgação da ciência e num dos seus muitos episódios comemorativos do mes da mulher convidaram a Márcia Barbosa, física, divulgadora da ciência : http://dragoesdegaragem.com/podcast/dragoes-de-garagem-152-marcia-barbosa-opodcastedelas2019/

Preste atenção agora: quando perguntarem se conhece uma cientista brasileira, diga Márcia Barbosa, ou diga Zélia Ludwig ! Ou ainda Bárbara Paes ou Tupá Guerra que foram as dragoas entrevistadoras !

Abril

O Xadrez Verbal é um podcast de política internacional que já está no seu 4to ano. Comandado por Matias Pinto e Filipe Figueiredo publicam o melhor podcast de política internacional toda sexta-feira. No episódio 181 capricharam e descreveram os primeiros grandes problemas da política internacional do governo Bolsonaro, sua relação com América Latina e os Estados Unidos entre outras estratégias da política internacional: https://xadrezverbal.com/2019/04/06/xadrez-verbal-podcast-181-bolsonaro-em-israel-e-eleicoes-pelo-mundo/

Seguindo ainda a série #OPodcastÉDelas, os Dragões de Garagem trouxeram um assunto ainda polêmico sobre a influência do sexo nas características cerebrais nos seres humanos (e outras espécies) : http://dragoesdegaragem.com/podcast/dragoes-de-garagem-155-neurossexismo-opodcastedelas2019/

Maio

Em maio o Som no Caixão, um dos melhores senão o melhor podcast de música da podosfera brasileira, fez um episódio sobre o intérprete e autor Max Gonzaga.

Os episódios do Som no Caixão, hosteados pelo Pensador Louco, são bem autorais e tem uma das melhores edições que já ouvi, misturando piadas num texto frenético e cheio de informação.

Como o próprio Pensador disse, este foi um episódio que queria fazer há muito tempo, e valeu a pena esperar : https://www.pensadorlouco.com/2019/05/som-no-caixao-71-super-max-contra-o-mal.html

O podcast Confabulas (ou Confinha) faz entrevistas com podcasters brasileiros e desta vez o seu host Bergs (ou Berguitos) trouxe casos que os convidados contam, onde este episódio foi dominado pelos abusos do patrão : https://confabulas.com.br/esse-dia-foi-louco-07/

Muitos são os assuntos que o Papo Delas aborda com bom humor e bom senso numa edição sempre especial da Cafeína que já participou do nosso podcast no episódio da Evita, e este episódio falaram sobre pequenas auto traições cotidianas : http://papodelas.com/papo-delas-22-autossabotagem/

O 80 Watts é mais um genial podcast que traz muita informação sobre os anos 80, seja na música, nos filmes, na cultura, tudo recheado por convidados e pela edição primorosa do Shi, e neste episódio se juntou a Mateus Mantoan (Curva de Rio) e Leandro Pereira (Ergo e Fermata) para falar sobre um filme improvável e que virou cult, ‘The Blues Brothers’: http://80watts.com.br/view=43

Aqui preciso fazer uma exceção e falar de um podcast português que conheci através do Pistolando, o “É apenas fumaça“, um podcast português de entrevistas. Eles produziram várias séries como uma premiada sobre Palestina, e também uma série de tres programas sobre a imigração na Europa: “Aquilo é Europa“.

O assunto é espinhoso, a reportagem detalhada porém delicada e primorosamente produzida desde as reportagens até a música e conta inclusive com a transcrição dos episódios.

Veja o primeiro episódio aqui: https://fumaca.pt/aquilo-e-a-europa-mory/

Junho

O Clube da Música Autoral é exatamente isso: um podcast de música, com estórias contadas de forma muito autoral, e com uma edição impecável. Esta temporada o Gilson De Lazari, músico e autor do podcast, está resenhando mulheres foda da música, e neste episódio falou sobre ‘Ovelha Negra‘ e sua autora, Rita Lee: https://www.clubedamusicaautoral.com.br/25-ritalee-ovelhanegra/

Ele citou um dos grandes podcasts underground do podcast brasileiro : Benzina no meião, que com convidados fala sobre diversos aspectos e que fez vários episódios sobre gêneros musicais, entre eles esta pérola sobre o soul : https://www.megafono.host/podcast/benzina-no-meiao/028-benzina-no-meiao-a-musica-da-alma . E confira também que há episódios sobre funk e punk no mesmo nível!

Até agora foi somente isso e espero que demonstre a variedade, riqueza e complexidade do podcast brasileiro, que não pode ser reduzido nem a vinte maiores nem a poucas conversas de bar.

No final do ano completarei esta lista e espero trazer outros episódios ainda mais excitantes. Até lá!

Formulário para #OPodcastEDelas 2019

A seguir tem um formulário, só para mulheres, que será utilizado no episódio de março para o Dia Internacional da Mulher.

Meninos, por favor assistam comigo do nosso local de escuta e ouçam o episódio com os resultados !

 

Formulário #OPodcastEDelas 2019

Formulário #OPodcastEDelas 2019

Formulário com as perguntas para o episódio #OPodcastEDelas 2019

Podcasts 2018

Não, 2018 não foi o ano do podcast. Essa é uma velha piada que podcasters fazem para rirem do entusiasmo que eles próprios tinham de que o próximo ano seria revolucionário na mídia, algo que nunca aconteceu (em outro momento podemos falar sobre o por quê de nunca ter acontecido).

Mas foi um ano importante mesmo assim porque lentamente está se consolidando como uma mídia com sua própria personalidade.

Características de um podcast

Um podcast é uma entrega periódica de um conteúdo na forma de áudio, e isso tem feito com que cada podcast se transforme num canal com notícias, entretenimento, informações dos mais variados temas e formatos, desde storytelling, passando por bate-papos assim como discussões com a profundidade e a seriedade de deixar outras mídias no chinelo.

Assim como há canais de vídeo com seus assinantes em plataformas como Youtube, podcasts podem utilizar plataformas para manter assinantes e assim ganhar fidelização mantendo ouvintes que baixam cada novo episódio, comentam o conteúdo e interagem entre si. Isso também se reverte para o canal em apoiadores que ajudam a manter o tipo de conteúdo que gostam, retroalimentando o sistema.

Mas num podcast pode utilizar somente o som, então o editor precisa manter a atenção do ouvinte que por sua vez consegue realizar outras tarefas enquanto ouve ao invés de ficar passivamente olhando e ouvindo ao mesmo tempo, como num vídeo. Essa singela diferença é capaz hoje de gerar uma mídia completamente diferente, e mesmo que seja perfeitamente possível publicar um podcast no YouTube, existem plataformas específicas para propagar podcasts.

Plataformas

Ainda hoje tudo gira em torno do iTunes, que foi a primeira ferramenta que possibilitou que conteúdos como podcasts possam se inscrever e serem procurados pelo assunto, idioma e classificados pela popularidade. Isso porque o iTunes passou a catalogar os feeds dos produtores.

Isto é, um criador de um podcast deixa disponível uma lista dos episódios num arquivo de atualizações chamado feed num formato específico criado para isso, e personalizado pelo iTunes para catalogá-lo. Assim, cada ver que houver um novo episódio, o criador atualiza a lista do feed, e ela notifica a todos os assinantes desse podcast no iTunes.

E depois chegaram agregadores, apps para desktop ou celular que usam as mesmas listas do iTunes para que o ouvinte crie suas listas de podcasts preferidos e receba automaticamente novos episódios diretamente no seu aparelho. Os mais populares são Podcast Addict, Pocket Casts, Castbox, WeCast, e tem muitos mais. Além do aplicativo nativo nos iPhone chamado Podcast , e um nativo nos aparelhos Android (porém nem sempre disponível no aparelho, mas é só baixar pelo PlayStore).

Agora também existe podcast como opção de conteúdo em plataformas de música como Spotify ou SoundCloud, e essa competição está esquentando o mercado, além de ter ajudado ao conteúdo a se diversificar muito nos últimos anos.

Gerações de podcasts brasileiros

Por muito tempo o mundo do podcast foi dominado por um formato do ainda líder do mercado NerdCast: conteúdo do mundo nerd, tecnologia, em geral para homens jovens que queriam um conteúdo diferenciado do que já consumiam em outras mídias. Os muitos podcasts de assuntos similares ainda mantém um formato de papo de bar com assuntos da chamada ‘cultura pop’

Mas lentamente apareceram novos formatos e conteúdos, e 2018 teve uma explosão de novidades neste quesito. Hoje existem podcasts dos mais variados assuntos, e fiz uma humilde lista com podcasts que surgiram recentemente para demonstrar como a mídia se diversificou. Além de que há por exemplo uma gama imensa de podcasts feitos só por mulheres mesmo num público majoritariamente masculino e branco, porém hoje com uma maior representatividade em opiniões políticas até gêneros de uma forma nunca vista até então.

Aliás recomendo que siga a hashtag #mulherespodcasters no twitter para ver conteúdo feitos por mulheres.

Também pode seguir no Youtube o canal do Bloco01 chamado 365 podcasts onde o Ruivo apresenta podcasts semanalmente.

Alguns exemplos que vale a pena conhecer

Estes não são nem os mais ouvidos, nem os melhores em alguma classificação qualquer, e sim alguns dos que ouvi ao longo de 2018. Certamente um ouvinte poderá dizer ‘mas está faltando o FulanoCast maravilhoso feito pelo Fulano da Silva e seus amigos Ciclano e Mengano’, e provavelmente ele estará certo. Felizmente há tantas opções que esta lista, tenho o orgulho de dizer, está severamente incompleta. Mas é uma lista de recomendações para qualquer iniciante ou quem queira diversificar o que já ouve hoje.

Os podcasts em negrito foram iniciativas de 2018 ou bem recentes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vexame Monumental

Sábado 24 de novembro de 2018, começo de uma bela tarde de sol, céu sem nuvens no centro de Buenos Aires: o ônibus que leva os jogadores do Boca Juniors para a final da Copa Libertadores encara torcedores do seu arqui-rival River Plate na última curva antes de entrar na reta final para chegar no estádio deles, o Monumental de Núñez.

É uma tragédia anunciada: os oito ou dez seguranças de moto nada podem fazer contra os torcedores que gritam, arremessam latas, garrafas de água, pedras, e o ônibus é seriamente atingido, machucando vários dos atletas do Boca.

Os torcedores que esperavam um espetáculo, que compraram entradas e queriam ver a grande final depois do empate por 2 a 2 no campo do Boca Juniors, na Bombonera, foram informados depois de muita espera que o jogo não aconteceria nesse dia e sim no dia seguinte, no domingo.

Eles, esperançosos, voltaram a lotar o estádio no domingo, ficar na fila, no sol, deixar o carro vários quarteirões longe do estádio, pagar água a 100 pesos (aproximadamente 3 dólares a garrafinha de 75ml), para novamente engolir a frustração e voltar para casa porque o jogo novamente não aconteceu.

Entre os jogadores atingidos está nada mais e nada menos do que o capitão do time xeneixe, Pablo Pérez, com uma úlcera na córnea do olho esquerdo, pelo laudo numa clínica particular próxima ao estádio. Isso além de jogadores atingidos pelo gás pimenta, com vómitos, alguns com arranhões nas pernas. E quem viu os vídeos sabe que saiu barato, poderia ter sido muito pior.

E desde as profundezas do inferno até dos mares gelados do polo norte apareceram vídeos e fotos do ocorrido, choveram teorias do que aconteceu, estava acontecendo e aconteceria com os dois times. Nadando nesse mar de pipocas e cervejas estocadas junto com incertezas do futuro do país, do futebol e tudo o mais, os torcedores, os jornais, tuiters, youtubers, craques, os jogadores e o mundo inteiro aguardavam os representantes da Conmebol e dos dois times para deliberar e chegar num acordo que possa agradar a todos. O que é, caros amigos, impossível.

O vexame já aconteceu: milhares de jornalistas viajaram para o sul do sul do sul do mundo para constatar o óbvio: continua sendo um país de inadaptados ao jogo limpo. A nossa personalidade de mafioso domina nossa persona antes que nosso lado criativo possa se mostrar nessa esquizofrênica personalidade fragmentada que é Argentina, como toda América Latina é também um pouco.

Conmebol pressionou até a exaustão para que houvesse jogo, mas não havia ambiente, situação nem condições físicas ou psicológicas de que isso acontecesse. Vai tentar convencer as partes a jogar numa data em dezembro. De 2018. Vamos acreditar.

River Plate lamentou o ocorrido, mas queria jogar, desde que o adversário estivesse em condições. Ainda quer jogar, e com o estádio ao seu favor, já que o primeiro jogo teve torcida boquense em peso.

Boca Juniors tentou adiar o máximo que pode, para agradar a Conmebol é claro, mas depois decidiu não mais jogar no gramado, trocar a estratégia do 4-4-2 pela estratégia dos advogados e pleitear os pontos da partida, e conseqüentemente a copa.

A Cidade de Buenos Aires expulsou o responsável da Secretaria da Segurança, Martín Ocampo. Ele já foi ligado ao atual dirigente do Boca, Angelici, o que tinha deixado um raro cheiro boquense no ar. Mas o presidente argentino, Macri, também foi ligado ao clube, isso pode não significar tanta coisa. Masem todo caso a cidade já escolheu e guilhotinou o seu culpado.

Agora o jogo continua na papelada, entre gravatas exaltadas discutindo cláusulas e incisos. Os dribles viraram falácias e os chutes serão dados por canetas.

Que vença a gravata melhor apresentada. E a pipoca e a cerveja ficará para o Natal.

 

Un supuesto debate para caracterizar la despenalización del aborto

Hice una larga pero necesaria respuesta a un texto que se popularizó en facebook desde la página “No al aborto sí a la vida“, que ya es una falacia, como si quien es favorable a despenalizar el aborto desease la muerte a gente por la calle.

La página es la siguiente: https://www.facebook.com/noalabortosialavida/?hc_ref=ARQKxXJIbusYPuLWWLkcX_rhJVycDaH9g_63U5kWzMHZ_oPhLFBxIbWnbfahaBfiMJY&fref=nf

El texto está destacado como citación y mi respuesta sigue a cada párrafo.

Al principio les creí. Pensé que proponían el aborto de buena fe y me dije: “Bueno, vamos a debatir”.

Me dijeron que proponían el aborto porque morían chicas. Les pregunté haciendo qué morían esas chicas, y me dijeron “abortando”. Les pregunté si esas muertes se evitarían si no se abortara y me dijeron que era machista.

Parece que no entendió por qué es machista, y lo explico: el error aquí está en el hecho de que una mujer no dejará de abortar por ser ilegal, pero siendo ilegal será forzada a hacerlo, aunque sea en las peores condiciones. Sí es machista porque obliga a la mujer a no abortar. No da una solución y sí solamente la prohibición, supuestamente basada en nociones religiosas, eso en un estado laico.

Me dijeron que el problema era la clandestinidad. Les pregunté si el riesgo que conllevaba realizar otros actos ilegales también era motivo para legalizar aquellos actos, y me dijeron que no, que era ridículo. Les dije entonces que el argumento que proponían era el mismo, y entonces era ridículo, y se enojaron.

Tendríamos que saber qué otros actos ilegales se pusieron en la balanza para comparar. El robo a mano armada ? El tráfico de substancias que irán perjudicar a otras personas ? El cobro abusivo de una deuda ? El no pagar un compromiso ? Espero que el lector vea que son ejemplos que no se comparan con interrumpir el desarrollo de un futuro embrión, porque hay un tercero que en el caso del aborto, no lo hay.

Insistieron en que era un problema de salud pública por la cantidad de muertes. Les pregunté cuántas eran y no se pusieron de acuerdo. Unas dijeron números ínfimos (ninguna vida es ínfima, pero era un número ínfimo para hablar de emergencia en salud pública), y otras que era un número altísimo, equivalente a la población femenina entera en un solo año. Entre ellas no vi discrepancia ni correcciones. Les pregunté entonces si el dato les importaba. Callaron. A las que dieron números pequeños les pregunté si no sería más efectivo a nivel salud invertir esos recursos en prevenir otras muertes más numerosas, y me llamaron insensible.Pero yo no las vi preocuparse por esas otras muertes numerosas. A las que daban números exorbitantes les pregunté cómo pensaban repoblar el país. No rieron.

Aquí hay una falacia de cantidad (ad populum). En realidad no importa cuántas sean las muertes. El hecho es que puede evitarse, si pasa a tratarse como salud pública (y no de opiniones religiosas). Independiente de su cantidad.

Cuanto a ser más efectivo invertir los recursos en prevenir otras muertes es un falso dilema. No se trata de comparar si debe invertirse en prevenir el cáncer o no, y sí de incluir una forma de tratar por la red pública un seguimiento a alguien que necesita de ayuda. Y no sería insensible si uno necesita que te operen del corazón, y te preguntan si no sería mejor invertir en prevención contra el cáncer ?

Les mostré que en países donde era más fuerte y eficiente la prohibición, había muchos menos casos de muertes maternas por abortos que en los países donde era legal que se hicieran. No les importó. Les mostré que otros países ya estaban sacando de circulación, por el peligro que traía a la salud materna, el misoprostol que ellas promovían en nombre de la salud. No les llamó la atención.

Es importante mostrar números porque las estadísticas de muerte en el caso de intervención por cuestiones de aborto en Europa son bajísimas. Estadísticas de otros locales necesitan ser analizadas con cuidado. Cuanto al misoprostol, su citación es un non sequitur, es irrelevante el método, el punto central es la despenalización. Es por eso que no les llamó la atención, porque no la tiene.

Empecé a dudar. Pensé que quizá se podía resolver el núcleo de la cuestión, que tiene que ver con la vida y la libertad. A los que les hablé de metafísica, me dijeron que eso era chamuyo. A los que les hablé de ciencia, me dijeron que la ciencia no tenía competencia en la ley. A los que les hablé de ley, me dijeron que era una cuestión de principios. A los que les hablé de principios, me dijeron que todo era relativo. A esos les pregunté entonces por qué estaban tan seguros, y me llamaron dogmático.

No sabemos qué metafísica, o qué ciencia mencionó. Talvez fueron estos mismos argumentos pobres, y por eso no le prestaron atención. Usando los nombres como ‘metafísica’ o ‘ciencia’ el interlocutor intenta vendernos que sus opositores son contra la metafísica o la ciencia.

Me dijeron que era una cuestión de pobreza. Les pregunté si les parecía bien matar pobres. Se enfurecieron. Les pregunté si sabían de las políticas internacionales que promueven el aborto como un recurso para reducir la población de los países pobres. A unos les parecieron bien. Otros no pudieron verlo, no soportaban la contradicción. Les pregunté si no era mejor mejorar la economía, y les hablé de modelos económicos exitosos. Se aburrieron y me miraron raro, como si hablara otro idioma.

No se trata de matar pobres. Primero porque interrumpir una gestación no es una muerte, y segundo que es una cuestión de pobreza porque, quien tiene menos recursos no tendrá oportunidad de tener un hijo en mejores condiciones. Por otro lado si se les apoya de forma a impedir un embarazo no deseado, para que pueda en otro momento mejor conseguir criar sus hijos, se les está ayudando y no creando imposiciones de origen religioso que los mantiene en peores condiciones. Es por eso que es una cuestión de pobreza.

Y nuevamente tenemos otro non sequitur: claro que sería importante mejorar la economía, pero es otro tema.

Me dijeron que era una cuestión de autonomía y autodeterminación. Les pregunté si estaban de acuerdo en aplicar la autonomía y la autodeterminación a temas de economía y política. Me dijeron que no, que uno no puede tomar decisiones que dañen a otro.

Otro non sequitur, y sin saber qué fue discutido, es algo muy vago y de opinión de las personas envueltas en la discusión.

Me dijeron que era un tema de igualdad de género. Les pregunté si los padres podían demandar el aborto en contra de la voluntad de la madre. Se escandalizaron. Les pregunté si la madre podía abortar contra la voluntad del padre. Les pareció obvio. Les pregunté si entonces todavía creían en que a un padre se le puede exigir legalmente hacerse cargo de un hijo que él no quiso. Lanzaron gritos de guerra.

Nuevamente asuntos diferentes. Pero el padre en términos biológicos y económicos ya participa poquísimo en el riesgo de un embarazo. Por eso se de esa decisión, que en el mejor de los casos, debe ser un consenso, pero muchas veces no lo es. Y ‘lanzar gritos de guerra’ es una falacia del hombre de paja para demonizar probablemente feministas como si fuesen guerreros que gritan ensandecidos.

Me dijeron que era un tema de países progresistas. Les pregunté si estaban de acuerdo con todas las políticas de esos países. Negaron rotundamente. No vieron nada raro en eso.

El hecho de que ya fuimos colonia de países hoy progresistas hace que nazcan divergencias en sus políticas, pero nuevamente esto es irrelevante pues estamos hablando de un progreso en el entendimiento de que el estado es laico y debe tratar asuntos de forma laica, un progreso que en América Latina nunca llega.

Me dijeron que nadie podía obligar a una mujer a ser madre. Estuve de acuerdo. Pero les pregunté primero por qué sí se podía obligar a un hombre a ser padre. No entendieron. Les pregunté si creían que el derecho a decidir estaba por encima del derecho a vivir. Dijeron que era relativo. Les pregunté por qué, mejor, no buscamos una propuesta superadora que respete las 2 vidas y la elección de los padres a no hacerse cargo. Me dijeron que no les hable de adopción. Les pregunté por qué. Callaron. Les insistí en por qué no mejorábamos el sistema de adopción. Me dijeron que era imposible. Les comenté de otros países donde se hacía. No quisieron escuchar. Les mencioné proyectos de ley en nuestro país para mejorar el sistema. Pero nadie había hecho pañuelos por ese proyecto. Tampoco ahora.

Sería importante mejorar el sistema de adopción pero no para condenar una mujer a tener toda la gestación y parto. Así de simple.

Las vi vestidas todas de un mismo color, vitoreando a su equipo, agradeciéndole las emociones que les hizo vivir. Les dije que había ahí un fenómeno de masificación, y me llamaron racionalista. Les pregunté si no seguían sin cuestionar lo que la masa, manipulada por medios y poderes, les proponía. Me llamaron nuevamente dogmático. Sí. A mí.

Me di cuenta entonces que eran todas excusas. Que directamente la vida no les importaba. Ni la de los seres humanos en gestación ni la de las gestantes. Si no, habrían dudado. Si no, habrían escuchado. Si no, habrían investigado. Si no, habrían militado por propuestas superadoras. Pero no. No les importa.

¿Acaso las chicas sólo quieren poder matar? ¿Acaso los chicos sólo quieren desentenderse y no hacerse responsables?

Qué triste que después de tanto feminismo crean que sólo pudiendo matar serán empoderadas. O peor: que no crean nada; que no se hayan animado a detenerse a pensar.

Autor: Guillermo N. Barber Soler

Y aquí se remata esa falacia del hombre de paja, en una ‘mujer de paja’ para quemarla en la hoguera de las feministas caracterizadas como intolerantes y masificadas.

Una pena que el escritor no se haya dado cuenta de su propio machismo, y de su defensa a viejos hábitos respaldados por una religión represora.

Ojalá podamos un día atravesar esa fiesta de falacias.